Com o fim do Supercontinente Pangea, no Mesozoico os continente foram separados em Gondwana e Laurásia. No Cenozoico, os continentes continuaram a separação até a forma atual. Podemos inferir que a geografia dos continentes afeta o clima, o qual influencia o nicho da flora e fauna, portanto, a evolução dos animais e plantas cenozoicas estão ligadas às alterações paleogeograficas e paleoclimaticas que ocorreram no período (POUGH et al., 2008).
No início do Cenozoico a temperatura era razoavelmente quente e úmida, e estas características estavam bem distribuída na Terra (ROSE, 2006). Ainda conforme o autor a distribuição continental e paleogeográfica foi o fator principal da dispersão dos mamíferos durante o Cenozoico. Uma vantagem para os mamíferos foi a grande variedade de flora que o Planeta apresentava. Segundo Pough et al. (2008), esta flora abundante, surgiu após a extinção do final do Mesozoico e fez com que as florestas dominassem os ambientes terrestres, servindo de alimento para os mamíferos.
No Cenozoico, as regiões temperadas e de grandes latitudes tornaram-se frias e secas. Neste período também houve o aparecimento da tundra e da taiga nas regiões árticas, dos desertos nas regiões temperadas e tropicais, e dos campos, os quais serviram de alimento para a diversificação de mamíferos. No final do Cenozoico o clima era mais frio e seco em relação ao início. Esta alteração restringiu as florestas tropicais às regiões equatoriais, com a ocorrência de campos no Mioceno. No plioceno apareceram as savanas (POUGH et al., 2008).
A vegetação cenozoica era composta de folhas muito grandes, as quais não existem mais. Estas folhas eram adaptadas para absorver o máximo de luz (POUGH et al., 2008). Durante o Paleoceno e o Eoceno o Planeta estava repleto de florestas paratropicais e florestas perenes com folhas largas e palmeiras, além de coníferas nos pólos (ROSE, 2006).
Vale ressaltar que após a extinção K/Pg, a flora cenozoica foi dominada por pteridófitas, por que estas possuem uma rápida dispersão. Posteriormente, as angiospermas dominaram os ambientes terrestres Cenozoicos (ROSE, 2006).
Segundo Carvalho (2011), a fauna de microfósseis aquáticos do Cenozoico é composta de ostracodas, de foraminíferos, de radiolários, de diatomáceas, de dinoflagelados. Já os invertebrados Cenozóicos são os poríferos, com registros fósseis conhecidos desde o Cambriano; os briozoários, com registros fósseis a partir do Ordoviciano; os cnidários, com registros fósseis a partir do Ediacarano; os braquiópodes, os quais foram abundantes entre o Ordoviciano e o Devoniano; os anelídeos; os artrópodes, com registros fósseis do Ediacarano; os moluscos, com registros fósseis do Cambriano; e os equinodermos, com registros fósseis do Cambriano e que de acordo com Enay (1993) são os invertebrados mais diversos e dominantes, se considerado sua quantidade numérica e capacidade de ocupar novos ambientes.
Bibliografia:
CARVALHO, I. S. Paleontologia: Microfósseis e Invertebrados. 3ª ed. Vol. 2. Rio de Janeiro. Editora Interciência, 2011.
ENAY, R. Triploblastic Deuterostomian Epithelioneural Coelomates: Graptolites and Echinoderms. In:__. Paleontology of Invertebrates. Springer Verlag ,1993. Cap.8, p. 203-245.
POUGH, F. H.; JANIS, C. M.; HEISER, J. B. Geografia e Ecologia na Era Cenozóica. In: __. A vida dos Vertebrados. 4ª ed. Atheneu editora São Paulo, 2008. Cap 19, p. 509-518.
ROSE, K. D. Introduction. In:__. The Beginning of the Age of Mammals. The Johns Hopkins University Press, 2006. Cap. 1, p. 1-22.
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