Tradutor

Tradutor
O novo endereço de acesso do Blog do Laboratório de Paleontologia Estratigráfica da Universidade Federal de Uberlândia - UFU campus Monte Carmelo é: paleoufu.blogspot.com.
Seja Bem-Vindo(a)

quinta-feira, 28 de novembro de 2019

Icnofósseis - usos, aplicações e exploração econômica


    Segundo Knaust et al. (2012) os icnofósseis são importantes ferramentas para a Geologia Sedimentar e a Paleontologia. A sua função nestas ciências é usar os vestígios fósseis para a interpretação de paleoambientes (KNAUST et al., 2012).

    Conforme Knaust et al. (2012), o termo icnofábrica surgiu em 1983, pelos autores Ekdale e Bromley. O conceito envolve os aspectos da textura interna da estrutura das rochas sedimentares que contém icnofósseis (KNAUST et al., 2012). As rochas sedimentares podem ser classificadas em seis índices, de acordo com a quantidade de icnofósseis presentes:


ii1: rocha preservada, sem bioturbação.

ii2: pouca bioturbação (até 10%) presente na rocha.

ii3: icnofósseis separados, ocupando de 10 a 40% da rocha.

ii4: observa-se a camada original, porém 40 a 60% contém icnofósseis.

ii5: encontram-se traços da litologia, porém grande parte contém icnofósseis.

ii6: toda a rocha encontra-se preenchida por icnofósseis homogeneamente.


    O índice acima, de acordo com Knaust et al. (2012), foi elaborado por Droser e Bottjer em 1986, no entanto existem outras, como a de Taylor e Gandrini de 1993, e o de Miller e Smail em 1997.

    O conceito de icnofábrica envolve tanto os seus aspectos mineralógicos, como a granulometria, a forma e o tamanho, como também os processos físicos e biológicos que possibilitaram sua formação (KNAUST et al., 2012). Já a icnofácie está relacionada a diferentes icnocenoses, que diferem os locais deposicionais, em tempo e espaço. Estes fatores demonstram a diversidade etológica e morfológica da icnologia em um determinado ambiente (GANDINI, 2015).

    Segundo Knaust et al. (2012),  os icnofósseis evidenciam condições de vida, comportamento e ambientes antigos. Para os autores, os icnofósseis, no campo sedimentológico são usados para reconstrução de ambientes deposicionais. O estudo do comportamento dos organismos (etologia) permite observar a consistência do substrato, inferir a energia do fluxo, a salinidade, a oxigenação e a taxa deposicional (KNAUST et al., 2012). 

    Conforme Carvalho et al. (2010), os icnofósseis também são importantes na Paleontologia, na Sedimentologia e na Estratigrafia. É citado que na Paleontologia podem representar associações de organismos primitivos, mostrando comportamentos de organismos já extintos (locomoção, alimentação). Também é citado pelos autores que para a Sedimentologia e a Estratigrafia os icnofósseis fornecem informações sobre os paleoambientes e sobre a idade dos estratos.


Bibliografia:


CARVALHO, I. S.; FERNANDES, A. C. S. Icnofósseis. In: _. (Coord.). Paleontologia: Conceitos e Métodos. 3ª ed. V.1. Rio de Janeiro, 2010. Cap. 12, p. 195-228.


GANDINI, R. Icnologia aplicada à reconstituição de paleoambientes Neógenos e Quaternários na Bacia Parnaíba. 2015. 91f. Tese (Programa de Pós-Graduação em Geoquímica e Geotectônica)-Instituto de Geociências, Universidade de São Paulo. USP, São Paulo, 2015.


KNAUST, D.; BROMLEY, R. G. Trace fossils as indicators of sedimentary environments. 1ª ed. Elsevier, 2012.


Nenhum comentário:

Postar um comentário