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quinta-feira, 28 de novembro de 2019

Sistemas deposicionais, Estratigrafia de Sequências e Registro Fóssil

Sistemas deposicionais

Segundo Suguio (2012), os sistemas deposicionais são:

Ambientes desérticos:  possui uma vasta região sem vegetação, o que dificulta a vida e a sua proliferação. Nestes lugares a taxa de evaporação é maior que a de precipitação, sendo comum a ação do vento, tanto como transportador, quanto agente erosivo. Os desertos podem ser quentes, onde há muita pressão atmosférica e pouca precipitação; polares, caracterizados por espessas camadas de gelo; ou costeiros, no qual as correntes oceânicas frias originam um deserto litorâneo (SUGUIO, 2012).

Ambientes glaciais: atualmente, está restrito aos polos e aos picos de montanhas. Os ambientes possuem um alto número de geleiras e gelo. O principal agente geológico destes ambientes é o gelo (SUGUIO, 2012).

Ambiente fluvial:  os principais modeladores do relevo neste sistema são os rios. Um rio é um fluxo canalizado. O principal agente geológico deste sistema deposicional é a água (SUGUIO, 2012).

Ambiente lacustre: são denominadas de lagos, as porções de águas cercadas por massas continentais, em geral com fluxo tranquilo e em geral doce (existem exceções). Devido ao fato da água ser calma e oxigenada, seus sedimentos podem conter fósseis (SUGUIO, 2012).

Ambiente deltaico: compreende vários deltas independentes, porém relacionados entre si. A função do delta é ligar um rio a um corpo de água maior e permanente (SUGUIO, 2012).

Ambiente lagunar: uma laguna é definida como um corpo raso de água, próximo à costa, porém separado do mar por bancos de areia. Podem ser de água doce, ou salgada (SUGUIO, 2012).

Ambiente estuarino: um estuário é um corpo de água, que é costeiro e que mantém contato com o oceano (SUGUIO, 2012).

Ambiente de praia: ambiente com sedimentos arenosos inconsolidados e um corpo aquoso com ondas (SUGUIO, 2012).

 

Estratigrafia de Sequências 

Estratigrafia: parte da Geologia responsável por estudar os estratos rochosos, em respeito a sua gênese e organização temporal (HOLZ, 2012).

Litoestratigrafia: estuda o empilhamento e a correlação entre litologias, tanto sedimentares, quanto ígneas e metamórficas (HOLZ, 2012).

Bioestratigrafia: utiliza os fósseis encontrados nos estratos, com intuito de data-los e correlaciona-los (HOLZ, 2012).

Estratigrafia de Sequências: Estuda as subdivisões de uma Bacia Sedimentar, nas suas sequências e discordâncias (HOLZ, 2012).

 

Bacia Sedimentar: Áreas subsididas, na qual prevalece o acúmulo de sedimento (HOLZ, 2012).

Discordância: superfície erodida, na qual não há deposição (HOLZ, 2012).

 

 Registro Fóssil

  Segundo Simões et al. (2010), o registro fóssil é incompleto, nem todas as espécies viventes estão preservadas nas camadas,  incluindo o fato da fossilização ser um processo raro de se ocorrer.

   A completude do registro fóssil, diz respeito dos táxons conhecidos preservados nos fósseis. No registro podem conter organismos de diversos períodos em um mesmo estrato rochoso, o que é denominado de Mistura Temporal. Porém, pode haver uma aglutinação de organismos, os quais eram de outros hábitats, no entanto fossilizaram juntos. Isto é denominado de Mistura Espacial (SIMÕES et al., 2010).

 

Bibliografia:

HOLZ, M. Introdução: O que é Estratigrafia? E Estratigrafia de Sequências?. In:_. Estratigrafia de Sequências: Histórico, Princípios e Aplicações. Rio de Janeiro: Editora Interciência, 2012. Cap. 1, p.2-48.

 

SIMÕES, M. G.; RODRIGUES, S. C.; BERTONI-MACHADO, C.; HOLZ, M. Tafonomia: processos e ambientes de fossilização. In: CARVALHO, I. S. (Coord.). Paleontologia: Conceitos e Métodos. 3ª ed. V.1. Rio de Janeiro, 2010. Cap. 3, p. 19-51.

 

SUGUIO, K. Ambientes de Sedimentação e Fácies Sedimentares. In:__. Geologia Sedimentar. Editora Blucher. Cap. 8, p. 205-288.


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