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segunda-feira, 24 de agosto de 2020

Extinção e Irradiação Adaptativa

     A extinção pode ser conceituada como a perda de uma espécie. Já a irradiação adaptativa é o aumento de espécies ancestrais, as quais diversificam e ocupam outros habitats. Quando o número de indivíduos de uma determinada espécie diminui é denominado de “extinção”, porém quando a taxa aumenta ocorre a irradiação adaptativa (RIDLEY, 2007).

   As extinções de menor escala podem ser de origem evolutiva, na qual um filo é extinto por não se adaptar ao meio e podem ser por inserção de patógenos, na qual uma doença nova causa uma grande quantidade de mortes. As extinções em massa são as extinções que mais eliminaram a vida da Terra. Suas causas podem ser a redução de nutrientes, o que diminuiria os consumidores primários, posteriormente os secundários e causaria um grande impacto no ecossistema; outra causa poderia ser a diminuição de oxigênio, uma vez que grande parte da vida depende dele; poderia ser causado também pelo vulcanismo, o qual lançaria poeira na atmosfera e ao cobriria parcialmente do Sol, isto resfriaria a Terra e impediria a fotossíntese, matando as plantas, seus consumidores e desequilibrando o ecossistema, entretanto, para que isto ocorra é necessária uma erupção de enorme porte; outro tipo de extinção em massa é a de impactos de meteoritos, o que poderia causa uma onda de destruição, além de incêndios e de tsunamis (SCHULTZ, 2010).

   Na história do planeta Terra já ocorreram muitas extinções. Segundo Schultz (2010), essas são as cinco maiores e estão ordenadas em ordem cronológica: a primeira ocorreu entre o Ordoviciano e o Siluriano e está relacionada á glaciação. A extinção ocorrida entre o Devoniano e o Carbonífero está relacionada com mudanças no nível do mar, anoxia e estes eventos estão relacionados a uma glaciação. A extinção ocorrida entre o Permiano e o Triássico está ligada ao continente Pangea, que fundiu climas, faunas e floras diferentes, além do aumento do nível do mar e vulcanismo. A extinção ocorrida entre o Triássico e o Jurássico provavelmente foi causada por resfriamento global e impacto de meteorito. A extinção ocorrida entre o Cretáceo e o Paleogeno (antigo K/T) ocorreu devido a um impacto de meteorito, sendo as evidências uma cratera na Península de Yukatán, no México, e uma camada de irídio, elemento raro na Terra e abundante em cometas.

  Porém, conforme Ridley (2007), embora existam várias extinções, após cada ciclo de extinção há a criação de novas espécies. Conforme Ridley (2007), a irradiação ocorre quando certo número de indivíduos de uma espécie origina uma maior variedade e quantidade de indivíduos capazes de ocupar outros nichos.

   Após uma extinção ocorrem substituições evolutivas, nas quais um grupo irradiado ocupa o lugar de um extinto.  As irradiações podem ocorrer pela colonização de áreas em que não há competidores, pela substituição ou extinção dos competidores ou até explorando uma barreira ou recurso inexplorado (RIDLEY, 2007).

 

Bibliografia:

RIDLEY, M. As evidências da Evolução . In:__.  Evolução. 3 ed. Artmed, 2007. Cap. 3, p. 66-100.

 

__. Extinção e Irradiação. In:__.  Evolução. 3 ed. Artmed, 2007. Cap. 23, p. 663-700.

 

SCHULTZ, C. L. Extinções. In: CARVALHO, I. S. (Coord.). Paleontologia: Conceitos e Métodos. 3ª ed. V.1. Rio de Janeiro, 2010. Cap. 10, p. 163-180.

 

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