Segundo Holz (2012), a Estratigrafia é a parte da Geologia responsável por estudar os estratos rochosos, quanto a sua gênese e organização temporal, sendo que seu estudo contempla tanto as rochas sedimentares, quanto as ígneas e as metamórficas.
A Estratigrafia também é usada
como ferramenta para correlação de estratos. Esta é a função paleontológica da
Bioestratigrafia na Estratigrafia (ZERFASS et al., 2008). A Bioestratigrafia
também pode ser usada na datação relativa. Para este fim, são comparadas as associações
de microfósseis, que viveram em determinada idade geológica (ZERFASS et al.,
2008).
De forma mais aprofundada, a
Litoestratigrafia é embasada somente no estudo e correlação entre rochas,
sedimentares ou não. A Bioestratigrafia compara o conteúdo fossilífero entre
estratos, com intuito de correlaciona-los ou data-los, ou seja, a
Bioestratigrafia usa um parâmetro paleontológico. A Aloestratigrafia utiliza
discordâncias, ou seja, estuda a superfície limite de uma sequência. A
Cronoestratigrafia é a parte da Estratigrafia responsável pela datação dos
estratos (HOLZ, 2012).
A Bioestratigrafia possibilitou
dividir a Estratigrafia em três partes. A primeira parte reconhece as sucessões
litológicas e fossilíferas. A segunda parte correlaciona as suceções em
diferentes localidades. A terceira parte verifica semelhanças geológicas na
idade e nas formações, além de semelhanças biológicas nas associações
fossilíferas (MCGOWRAN, 2005).
Bibliografia:
HOLZ, M. Da fácies à Sequência Deposicional: Tratando
Unidades Sedimentares. In:_. Estratigrafia de Sequências: Histórico,
Princípios e Aplicações. Rio de Janeiro: Editora Interciência, 2012. Cap 2, p.49-80.
__. Introdução: O que é Estratigrafia? E Estratigrafia de
Sequências?. In:_. Estratigrafia de Sequências: Histórico,
Princípios e Aplicações. Rio de Janeiro: Editora Interciência, 2012. Cap 1,
p.2-48.
MCGOWRAN,
B. Biogeohistory and the Development of Classical Biostratigraphy. In: __. Biostratigraphy: Microfossils and
Geological Time. 1ª ed. Cambridge University Press, 2005. Cap.1, p.1-18.
ZERFASS,
G. S. A.; ANDRADE, E. J. Foraminíferos e Bioestratigrafia: uma abordagem
didática. Terra e Didática, vol. 3, n.1, p.18-35, 2008.
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