Definição: A Tafonomia é a ciência que estuda as leis de sepultamento,
ou de incorporação, além do conhecimento acerca da transição dos organismos da
biosfera para a litosfera (LYMAN, 1994). Ainda segundo o autor, o termo
foi elaborado por um Paleontólogo russo, chamado I. A. Efremov, no ano de 1940.
Esta ciência começou a ganhar força nos últimos anos (LYMAN, 1994).
A
Tafonomia procura entender a maneira como os organismos passaram da biosfera
para a geosfera. Para isto, são estudados cenários possíveis como a biocenose,
ou seja, o retrato de vida, a qual reconstrói os organismos em vida. Também há
a Tafocenose, que constitui a assembleia das partículas biológicas soterradas (SIMÕES et al., 2010).
A
Bioestratinomia é a ciência que estuda os processos após a necrólise, mas antes
do soterramento final. Estes processos podem ser: desarticulação, ou seja, a
desconexão das partes duras; transporte, ou seja, a mudança das partes de um
ambiente para outro; e o soterramento, ou seja, o organismo fica exposto,
sujeito à intemperismo antes de ser soterrado totalmente (JÚNIOR, 2012).
Ao
longo da etapa de soterramento final, podem ocorrem processos físicos e
químicos. Este processo é chamado de fossildiagênese, no qual se dá a formação
do fóssil (JÚNIOR, 2012).
A
diagênese é um processo que pode ocorrer em sedimentos depositados, através das
condições físicas e químicas. A eodiagênese é um processo superficial, podendo
se estender até 2 km de profundidade. A mesodiagênese é dividida em rasa e
profunda, sendo a rasa ocorrendo em profundidades entre 2 e 3km e temperaturas
entre 70 e 100°C, e a profunda ocorrendo em profundidades acima de 3km e
temperaturas maiores a 100°C. A telodiagênese é o soerguimento das rochas
que estavam depositadas (COSTA et al., 2014).
Os
métodos de coleta de dados tafonômicos são obtidos através de dados geológicos.
A maior parte das pessoas prefere deixar a mostra fósseis de exemplares mais
completos ou melhor preservados (SIMÕES et al., 2010).
Abaixo
está representada uma imagem resumida a respeito da Tafonomia:
Figura 1: Tabela que mostra a Tafonomia, os eventos relacionados e as ciências
correlatas. Retirado de Júnior (2012, p. 2).
Bibliografia:
COSTA, A. B. S.; CÓRDOBA, V. C.; JARDIM DE SÁ, E. F.; SCHERER, C. M. S.
Diagênese dos arenitos da Tecnossequência Rifte na Bacia do Araripe, NE do
Brasil. Brazilian Journal of Geology, v. 44, n. 3, p. 457-470, Setembro de
2014.
JÚNIOR, H. I. A. Tafonomia da acumulação fossilífera de Vertebrados
Pleistocênicos do Tanque do Jirau, Itapipoca, Estado do Ceará, Brasil. 2012.
199f. Dissertação (Mestrado no Programa de Pós-Graduação em Geologia) –
Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, Rio de Janeiro, 2012.
LYMAN, R. L. What’s Taphonomy?. In:__. Vertebrate Taphonomy. 1ª ed. 1994. Cap. 1, p. 1-11.
SIMÕES,
M. G.; RODRIGUES, S. C.; BERTONI-MACHADO, C.; HOLZ, M. Tafonomia: processos e
ambientes de fossilização. In: CARVALHO, I. S. (Coord.). Paleontologia: Conceitos
e Métodos. 3ª ed. V.1. Rio de Janeiro, 2010. Cap. 3, p. 19-51.
__.Procedimentos Metodológicos em Tafonomia. In: CARVALHO, I. S. Paleontologia:
Conceitos e Métodos. 3ª ed. Rio de Janeiro, Interciência, 2010. Cap 23, p.
413-430.
Nenhum comentário:
Postar um comentário