Os Animalia, conforme Hickman et al. (2017) são formados por células eucariotas e possuem uma característica distinta de alimentação, caracterizada por heterotrofia. O autor ainda correlaciona o surgimento dos animais com a fauna Pré-Cambriana, que ocorreu há mais de 500 milhões de anos. O autor cita que a complexidade animal desenvolve-se desde seres unicelulares a multicelulares. Os eucariotos unicelulares são simples, porém possuem organização de trabalho, possuem estruturas de suporte e locomoção. Os eucariotos multicelulares possuem maior complexidade estrutural, sendo suas células diferenciadas para uma tarefa específica.
Os poríferos, representados pelas esponjas, são os animais multicelulares mais simples. A multicelularidade é um passo adaptativo para o aumento da massa e tamanho corpóreo. A maioria das esponjas por serem simples, não apresentam simetria bilateral e não possuem boca nem aparelho digestivo. Sua alimentação e a água ingerida são atraídos para dentro de seu corpo, através de poros. A sua estrutura de suporte é feita de espículas, que forma estruturas de cálcio e sílica (HICKMAN et al., 2017). Segundo Enay (1993), as esponjas são exclusivamente marinhas, vivendo em diversos locais e profundidades. Conforme Klautau (2017) as esponjas são sésseis, ou seja, não apresentam movimento voluntário.
Os cnidários possuem formas fixas, como os corais e as anêmonas e possuem formas capazes de nadar, como a água-viva. As formas sésseis são denominadas de pólipos e as formas com movimentação limitada são denominadas de medusas. As espécies deste filo são aquáticas, existindo representantes de água doce e salgada. Para defender-se utilizam os tentáculos dotados de nematocistos, os quais possuem uma toxina paralisante. Os cnidários também utilizam esta estratégia de inoculação de toxinas para a alimentação. Os cnidários são diploblásticos, ou seja, as células embrionárias possuem duas camadas, das quais os adultos se desenvolvem. As camadas são a ectoderme e a endoderme. Nos diploblásticos, os tecidos internos são originados pela endoderme, e os tecidos externos pela ectoderme. Os indivíduos não possuem céfalo e a simetria corporal é do tipo radial (HICKMAN et al., 2017).
Os moluscos possuem em comum a rádula, ou seja, uma fileira de dentes usada para alimentação, além de possuírem membros para locomoção e serem revestidos por um tecido mole chamado de manto. Alguns moluscos também apresentam conchas, usadas como proteção. A sua dieta varia de acordo com o filo, podendo ser herbívoros pastadores, predadores carnívoros, filtradores de alimento, comedores de detritos e parasitas. Seus habitats variam de temperaturas quentes a frias, desde raso até altas profundidades, com enorme variedade de estilos de vida. Embora a maioria dos moluscos viva em ambientes aquáticos, existem os gastrópodes terrestres, representados pelas lesmas e caracóis (HICKMAN et al., 2017).
Os anelídeos possuem um corpo segmentado, sendo cada segmento denominado metâmero. Embora outros filos apresentem planos corporais parecidos, o metamerismo possui forma diversa para cada um. Os anelídeos vivem em águas doces e salgadas e ambientes terrestres úmidos. A locomoção é feita por cerdas, que ajudam na locomoção e na natação, quando em meio aquático (HICKMAN et al., 2017). Conforme Steiner et al. (2017), os anelídeos são celomados e triblásticos, ou seja, o corpo é dividido em três tecidos, a ectoderme, a mesoderme e a endoderme. O estilo de vida é livre, embora existam espécies parasitas.
Os artrópodes são formados externamente por um exoesqueleto de quitina, o que os protege de ataques. Além disto, o seu corpo está dotado de segmentos e articulações para favorecer a mobilidade e a locomoção. O filo dos artrópodes é o filo com maior diversidade de espécies, distribuídos em vários habitats da Terra (HICKMAN et al., 2017).
Os equinodermos são invertebrados triblásticos, que apresentam endoesqueleto rígido e, alguns contém espinhos externos. Todas as espécies possuem habitat marinho e sua alimentação geralmente é necrófaga, detritivora ou a base de predação (HICKMAN et al., 2017).
Bibliografia:
ENAY, R. Diploblastic Metazoans: Porifera and Archaeocyatheans. In:__. Paleontology of Invertebrates. Springer-Verlag, 1993. Cap. 3, p. 33-51.
HICKMAN, C. P. J.; KEEN, S. L.; EISENHOUR, D. J.; LARSON, A.; I’ANSON, H. Integrated Principles of Zoology. 17ª ed. McGraw Hill, 2017.
KLAUTAU, M. Porífera. In: FRANSOZO, A; NEGREIROS-FRANSOZO, M. L. Zoologia de Invertebrados. 1º ed. Rio de Janeiro, Roca, 2017. Cap. 7.
STEINER, T. M.; NOGUEIRA, J. M. M.; AMARAL, A. C. Z. Annelida. In: FRANSOZO, A; NEGREIROS-FRANSOZO, M. L. Zoologia de Invertebrados. 1º ed. Rio de Janeiro, Roca, 2017. Cap. 19.
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