Espécie
Uma espécie não pode ser distinguida por sua morfologia. Isso se deve ao fato de serem considerados como espécie, os indivíduos que conseguem copular e gerar descendentes (RIDLEY, 2007).
Segundo Pough et al. (2008), toda espécie recebe um nome em latim, baseando-se no sistema de nomenclatura binomial criado pelo naturalista sueco Carolus von Linnaeus, o qual tinha o objetivo de de designar espécies, assim como as demais categorias hierárquicas. A classificação binomial foi publicada entre 1735 e 1758, no livro de Caroulus von Linnaeus, denominado “Systema Naturae”, ou “O Sistema da Natureza”, em português.
Segundo Pough et al. (2008), o nome científico da espécie, quando em latim apresenta os seguintes aspectos: é escrito em itálico ou sublinhado, o primeiro nome representa o gênero e o segundo a espécie, a primeira letra do gênero com letra maiúscula e as demais com minúsculas.
Segundo Woese et al. (1990), para aprimorar divisão dos seres vivos seria necessário agrupá-los em outro táxon. Este novo táxon é o Domínio e está acima das outras categorias de classificação: Domínio>Reino>Classe>Ordem>Gênero>Espécie.
Biogeografia
Evolutiva
A Biogeografia é a ciência que estuda as diversas formas de organismos vivos, evidenciando seu padrão de distribuição espacial ao longo do tempo, ou seja, no passado, no presente e no futuro (COX et al., 2009).
Ainda de acordo com Cox et al.
(2009), a Biogeografia Evolutiva, também denominada Biogeografia Histórica,
aborda em longos períodos, determinadas evoluções e determinadas extinções em
um local específico, que sofrem influências geológicas e climáticas, aspectos
esses que alteram a distribuição da espécie, a história de um grupo de
organismos e sua dispersão em uma região.
Alguns conceitos são importantes
para compreender o campo da Biogeografia, dentre eles se destacam:
(I)
Extinção: desaparecimento de uma espécie (COX et
al., 2009). As extinções podem ocorrer por vários motivos, dentre eles a
evolução e a seleção natural, a competição, as mudanças climáticas, os eventos
catastróficos, as patologias e a redução de alimentos (SCHULTZ, 2010).
(II) Dispersão: padrão de distribuição de uma espécie. O estudo da dispersão permite a compreensão dos padrões de
distribuição, tanto de vegetais, quanto de animais (COX et al., 2009).
(III)
Vicariância: barreira geográfica entre uma população de indivíduos, podendo
levar a variação da espécie (AMORIM, 2002). Este conceito também é usado na Biogeografia
Histórica, explicando a dispersão dos organismos em um determinado território
(COX et al., 2009).
Sistemática
Filogenética
Segundo Amorim (2002), é o campo da Biologia responsável por organizar os seres vivos e classificá-los e conforme Cox et al. (2009), é uma importante base de dados para a Biogeografia. A seguir estão alguns conceitos referentes à Sistemática Filogenética, seguindo Amorim (2002):
(I)
Homologia: espécie possui um ancestral em comum, com uma mesma estrutura.
(II) Anagênese: caso ocorra uma mutação em uma espécie e ela prevaleça, será
transmitida aos seus descendentes.
(III) Cladogênese: fragmentação de dois ramos taxonômicos, que passam a
individualizar a sua evolução.
(IV) Plesiomorfia: caractere mais adaptado surgido em um grupo, mas de origem em
outro grupo.
(V)
Apomorfia: caractere mais recente adaptado de um caractere
primitivo, porém de mesmo grupo.
(VI)
Sinapomorfia: compartilhamento de caracteres apomorficos.
(VII)
Simplesiomorfia: compartilhamento de caracteres plesiomorficos.
(VIII)
Grupos Monofiléticos: todos os membros tem um ancestral em comum.
(IX)
Grupos
Merofiléticos: podem
ser Polifiléticos ou Parafiléticos.
(X)
Grupos
Polifiléticos: não inclui o
ancestral comum de todas as espécies.
(XI)
Grupo
Parafilético: inclui o ancentral
mais próximo, porém nem todos os ancestrais.
Bibliografia:
AMORIM, D.
S. Fundamentos de Sistemática Filogenética. 1ª ed. Ribeirão Preto:
Holos Editora, 2002.
COX, C. B.;
MOORE, P. D. Biogeografia: Uma
abordagem ecológica e evolucionária. 7ª ed. LTC, 2009.
POUGH, F.
H.; JANIS, C. M.; HEISER, J. B. Diversidade, Classificação e Evolução dos
Vertebrados. In:__. A vida dos Vertebrados. 4ª ed. Ateneu Editora
São Paulo, 2008. Cap.1, p. 2-15.
RIDLEY, M. O Surgimento da Biologia Evolutiva.
In:__. Evolução. 3 ed. Artmed, 2007. Cap. 1, p. 27-44.
SCHULTZ,
C. L. Extinções. In: CARVALHO, I. S. (Coord.). Paleontologia: Conceitos
e Métodos. 3ª ed. V.1. Rio de Janeiro, 2010. Cap. 10, p. 163-180.
WOESE, C.
R.; KANDLER, O.; WHEELIS, M. L. Towards a natural system of organisms: Proposal
for the domains Archaea, Bacteria and Eucarya. Proceedings of the National Academy of Sciences. Estados Unidos,
vol.87, p. 4576-4579, Junho de 1990.
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