A maioria dos vertebrados, segundo Pough et al. (2008), possuem vértebras podendo estas serem ósseas ou cartilaginosas. Além disto, os vertebrados apresentam crânio. Dentre os primeiros vertebrados destacam-se os peixes agnatos e os gnatostomados.
Os agnatos são os vertebrados sem mandíbula. Foram as primeiras formas de vertebrados, tendo surgido há 500 milhões de anos. (POUGH et al., 2008).
Os gnatostomados são vertebrados com mandíbula (POUGH et al., 2008). Com a mandíbula, os gnatostomados precisariam de mais massa e músculos para se alimentar (KARDONG, 2016). Segundo Hickman et al. (2017), a mandíbula é uma característica derivada, presente em peixes e tetrápodes.
Os peixes são vertebrados aquáticos, com guelras, com barbatanas e com escamas (HICKMAN et al., 2017). Este grupo é dotado de peixes sustentados por cartilagem, denominados de Chondrichthyes e peixes sustentados por ossos, denominados de Osteichthyes (POUGH et al., 2008). Segundo Kardong (2016), as escamas, assim como os primeiros Chondrichthyes, surgiram no Ordoviciano e se irradiaram no Devoniano. Conforme Pough et al. (2008), os peixes ósseos dividem-se em Sarcopterygii, que são peixes de nadadeira lobada e Actinpterygii, que são os peixes de nadadeira raiada.
Pough et al. (2008) citam que, embora existam poucos peixes de nadadeira lobada nos dias atuais, foram estes que se diversificaram no Paleozoico e originaram os tetrápodes basais. O autor ainda cita que os anfíbios foram os primeiros vertebrados a conquistar o ambiente terrestre, e este avanço se sucedeu com mudanças na estrutura corporal, na respiração, no controlamento de temperatura e na locomoção. Conforme Hickman et al. (2017), os anfíbios possuem uma forma de vida que transita entre o meio aquoso e o terrestre, necessitando da condição úmida.
Conforme Pough et al. (2008), os répteis foram os primeiros tetrápodes amniotas, ou seja, possuem ovo amniótico e pele a prova de água. O ovo amniótico é uma estrutura rígida, porém porosa e que proporciona alimento para o embrião até o seu nascimento. Esta estrutura também é encontrada nos demais répteis, nas aves e nos mamíferos monotremados, da qual segundo Hickman et al. (2017), os amniotas divergiram.
Segundo Pough et al. (2008), os mamíferos atualmente são caracterizados pela presença de pelos e glândulas mamárias. Os pelos têm várias funções, que variam dependendo da espécie, porém a principal é o isolamento térmico. Já as glândulas mamárias servem para nutrir o filhote. Os mamíferos estão incluídos no grupo dos synapsidas, assim como os répteis mamaliformes, antecessores dos mamíferos. Os synapsídas são amniotas, caracterizados principalmente por uma fenestra temporal no crânio.
As aves, atualmente, sã a única classe de vertebrados que apresenta penas. Os seus membros anteriores são modificados para asas, embora nem todas as aves voem, além de possuírem bicos e botarem ovos (HICKMAN et al., 2017). Além disso, conforme Pough et al. (2008), as aves possuem esqueleto mais leve e outros fatores corpóreos, que facilitam o voo aerodinâmico.
Bibliografia:
HICKMAN, C. P. J.; KEEN, S. L.; EISENHOUR, D. J.; LARSON, A.; I’ANSON, H. Integrated Principles of Zoology. 17ª ed. McGraw Hill, 2017.
KARDONG, K. V. História dos Vertebrados. In: __. Vertebrados: Anatomia Comparada, Função e Evolução. 7ªed. Editora Gen Roca, 2016. Cap. 3.
POUGH, F. H.; JANIS, C. M.; HEISER, J. B. A vida dos Vertebrados. 4ª ed. Ateneu Editora São Paulo, 2008.
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