O “Big Bang” foi uma explosão que deu origem ao Universo. Ocorreu com o choque de duas partículas, em um momento de máxima condensação do Universo, tendo ocorrido há alguns bilhões de anos (NOVELLO, 2010).
A acreção planetária foi o
processo que condensou gás e poeira da nebulosa solar, para formar a Terra e os
planetas do Sistema Solar, há 4,5 bilhões de anos. No início, a Terra era
quente e sem forma, sua composição material era retida através da atração
gravitacional. Após o Lento resfriamento da Terra, os materiais mais densos
foram em direção ao núcleo, e os mais leves permaneceram na crosta. Este
processo deu origem às camadas da Terra (CORDANI,
2012).
A lua foi formada pela
condensação de material vaporizado da Terra, liberado através de um grande
impacto. A pequena massa da lua indica que aconteceu em um único evento, porém
de grande escala (ANDERSON, 1989).
Segundo Almeida et al. (2010), a
maior subdivisão do tempo geológico é o Éon, que representa grandes espaços de
tempo. Durante os quatro Éons da Terra, o Hadeano, o Arqueano, o Proterozóico e
o Fanerozóico, somente no final do Proterozóico a vida surgiu, no período
Ediacarano, há 635 M. A. É usado a designação de Pré-Cambriano para o período
que vai desde o Hadeano até o Ediacarano, no qual surgiram as primeiras formas
de vida. O Pré-Cambriano corresponde a mais de 80% da idade da Terra, indo de
4,5 G.A. até 635 M. A.
Segundo Almeida et al. (2010), os
oceanos surgiram no Hadeano, há 4,2 G. A. Alguns organismos eram anaeróbios,
porém realizavam fotossíntese, o que liberava oxigênio nos oceanos e na
atmosfera, que estava se formanado (FAIRCHILD et al., 2010).
De 3,9 G.A. a 540 M.A. há um
predomínio de vida composto por procariotos unicelulares e coloniais, além de
serem simples e microscópicos em relação ao ambiente. As formas de vida mais
antigas da Terra são datadas de aproximadamente 3,5 G.A. e correspondem a
estromatólitos e microfósseis, encontrados na Austrália e na África (SIMÕES et al., 2017). Segundo Srivastava (2010), os
estromatólitos são estruturas biossedimentares formados pela atividade
microbial em ambientes aquáticos.
O Pré-Cambriano é dividido em
Hadeano, Arqueano e Proterozóico. O Hadeano foi o período inicial da Terra, no
qual a Terra era quente e sem forma e bombardeada por meteoritos. Embora o
Pré-Cambriano represente boa parte da história da Terra, pouco registro
litológico e fossilífero remonta a este período (FAIRCHILD et al., 2010).
Com a abundância do oxigênio na
água e na atmosfera, surgem as vidas aeróbias. Os eucariotos que respiram e
realizam fotossíntese, embora simples na época, possuíam morfologia distinta e
complexa. Presume-se que ancestrais eucariotos, aparentados com amebas,
ingeriam os outros organismos microscópicos da época (FAIRCHILD et al., 2010).
No final do Pré-Cambriano, em um
período denominado Ediacarano, surgem as primeiras formas de vida
macroscópicas. Esses indivíduos constituem a Fauna de Ediacara. Estes
organismos não possuíam carapaças duras e poucos sobreviveram além deste
período, ou seja, até o Cambriano. Alguns destes organismos eram grandes para a
época, medindo vários centímetros e não possuíam predadores, por isto tiveram
uma grande expansão no Pré-Cambriano (FAIRCHILD et al., 2010).
Bibliografia:
ALMEIDA, J.
A. C.; BARRETO, A. M. F. O Tempo Geológico e Evolução da Vida. In: CARVALHO, I.
S. (Coord.). Paleontologia:
Conceitos e Métodos. 3ª ed. v.1. Rio de Janeiro, 2010. Cap. 7, p. 93-109.
ANDERSON,
D. L. Earth and Moon. In:__. Theory of
Earth. Blackwell Scientific Publications, 1989. Cap. 2, p. 27- 44.
CORDANI,
U. G. O planeta Terra no Tempo Geológico: Tectônica de Placas e Mudanças
Climáticas. In: Anais da 64ª Reunião Anual da SBPC. 2012, São Luís- MA.
FAIRCHILD,
T. R.; BOGGIANI, P. C. A vida primitiva: do Criptozoico (Pré-Cambriano) ao
início do Fanerozoico. In: CARVALHO, I. S. (Coord.). Paleontologia: Conceitos e Métodos. 3ª ed. v.1. Rio de Janeiro,
2010. Cap. 17, p. 325-338.
NOVELLO, M.
Do Big Bang ao Universo eterno. 2ª
ed. Rio de Janeiro, Zahar, 2010.
SIMÕES, M.
G.; MATOS, S. A.; NEVES, J. P.; WARREN, L. P.; MARONNA, M. M.; MARQUES, A. C.
Origem Basal dos Invertebrados. In: FRANSOZO, A.; NEGREIROS-FRONSOZO, M. L. Zoologia de Invertebrados. 1º ed. Rio
de Janeiro, Roca, 2017. Cap. 3.
SRIVASTAVA,
N. K. Estromatólitos. In: CARVALHO, I. S. (Coord.). Paleontologia: Conceitos e Métodos. 3ª ed. v.1. Rio de Janeiro,
2010. Cap.13, p. 229-260.
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