Tradutor

Tradutor
O novo endereço de acesso do Blog do Laboratório de Paleontologia Estratigráfica da Universidade Federal de Uberlândia - UFU campus Monte Carmelo é: paleoufu.blogspot.com.
Seja Bem-Vindo(a)

quarta-feira, 4 de setembro de 2019

Histórias do Pensamento Evolutivo


    

    Entre os séculos XVIII e XIX, as pessoas começaram a observar outras formas de vida, as quais não existiam mais e que estavam retratadas nos fósseis (IANUZZI et al., 2010). Em 1766, Georges-Louis Leclerc, propôs a teoria de ancestrais comuns para diferentes espécies (IANUZZI et al., 2010). Porém, os percursores da teoria da evolução foram Jean-Baptist Lamarck, com a teoria do Lamarckismo, e Charles Robert Darwin, com a teoria Darwinista (IANUZZI et al., 2010).

 

 Lamarckismo 

    Seu fundador, Jean-Baptist Lamarck, um naturalista Francês, propunha em seu trabalho, denominado “Philosophie Zoologique” e publicado em 1809, que as espécies mudavam para outras, através de uma força interior. Essa força mudava os novos indivíduos através das gerações. Com o acumulo da força, os indivíduos se tornavam diferentes dos primeiros, originando uma nova espécie. (IANUZZI et al., 2010; RIDLEY, 2007).

   Outra teoria proposta por Lamarck foi a herança de caracteres adquiridos. Lamarck propôs a mudança das espécies através das mudanças adquiridas e herdadas a seus descendentes (IANUZZI et al., 2010; RIDLEY, 2007).Essa teoria é conhecida como “lei do uso e desuso” (IANUZZI et al., 2010). Essa teoria foi recusada, entre outros fatores, por August Waismann, um biólogo que realizou um experimento de cortar caudas de camundongos, e depois fazê-los reproduzir. O resultado era o nascimento de indivíduos com cauda (IANUZZI et al., 2010).

 

 Darwinismo

   Após a viagem do naturalista Charles Darwin pelo mundo, entre 1831 e 1836, ele relatou sobre a fauna e a flora dos lugares visitados (IANUZZI et al., 2010). Quando voltou à Inglaterra, Darwin percebeu as várias espécies de tentilhões diferentes, que ele observou nas Ilhas Galápagos e supôs que elas provinham de um ancestral em comum (RIDLEY, 2007).

   A teoria de Darwin explica, não só como as espécies mudam, mas como se adaptam ao meio ambiente para sobreviverem (RIDLEY, 2007). Na Inglaterra, Darwin percebeu também que pessoas que criavam animais escolhiam sempre os melhores, ou uma qualidade em um indivíduo, e os usava para reprodução. Isto perdurava até selecionarem artificialmente uma nova espécie, com as qualidades que os criadores desejavam (IANUZZI et al., 2010). Ao ler o ensaio de Malthus, sobre os princípios da população, Darwin percebeu que havia uma luta pela sobrevivência. Esta luta selecionaria os indivíduos mais aptos e transmitiria suas características a seus descendentes, hereditariamente, até originar uma nova espécie.  A este processo Darwin deu o nome de “Seleção Natural”, por que, ao contrário da “Seleção Artificial”, não pode ser manipulado antropicamente (IANUZZI et al., 2010). Essas teorias estão na obra de Darwin: “On the Origin Of Species(RIDLEY, 2007).

 

    Darwin não conseguiu explicar por completo a evolução. Na época não eram conhecidos a herança, nem a hereditariedade. Até aquele momento, ninguém sabia quais caracteres prevaleciam e quais eram descartados. (IANUZZI et al., 2010). No século XX, Mendel postulou as leis da genética (IANUZZI et al., 2010).

 

Neodarwinismo

  Em 1900, foram divulgadas as experiências de Gregor Johhan Mendel, sobre a hereditariedade e os genes. Esses resultados foram obtidos através do cruzamento de plantas e observando a variação genética (IANUZZI et al., 2010).

 Sendo assim, pode-se concluir que as características dos organismos são herdadas pelos genes. As mutações causam novas características e diversidade morfológica. A manutenção das melhores características para adaptação a um ambiente cabe à seleção natural (IANUZZI et al., 2010).

 

  Portanto, o neodarwinismo é a fusão entre as teorias de Darwin e a teoria da genética hereditária de Mendel, sendo conhecido atualmente também com síntese moderna da evolução (RIDLEY, 2007). 

Bibliografia:

 

IANUZZI, R.; SOARES, M. B. Teorias Evolutivas. In: CARVALHO, I. S. (Coord.). Paleontologia: Conceitos e Métodos. 3ª ed. V.1. Rio de Janeiro, 2010. Cap. 9, p. 139-162.

 

RIDLEY, M. O Surgimento da Biologia Evolutiva. In:__.  Evolução. 3 ed. Artmed, 2007. Cap. 1, p. 27-44.

Nenhum comentário:

Postar um comentário