Vida no Paleozoico II Siluriano ao Devoniano

   O Siluriano é o período que sucede o Ordoviciano. E, de acordo com Mcghee (2018), perdurou de 443 a 419 M.A. De acordo com Rafferty (2011), no Siluriano as massas continentais eram menores, em relação aos dias atuais e o nível do mar era maior, causado pelo derretimento das geleiras formadas no Ordoviciano.

   No Siluriano os artrópodes conquistaram o ambiente terrestre, bem antes dos vertebrados, e com a capacidade de voar, dispersaram-se assim no meio terrestre (MCGHEE, 2018). Segundo Rafferty (2011), a fauna Siluriana era composta de braquiópodes, de gastrópodes, de crinoides, de trilobitas e de peixes e a flora era composta de pequenas plantas que foram para a terra firme, porém com ampla necessidade da água para a sobrevivência. Um exemplo da flora Siluriana é a Cooksonia.

  O Devoniano é o período que sucede o Siluriano. Conforme Mcghee (2018) o período ocorreu de 419 a 358 M.A. E, conforme Rafferty (2011), no Devoniano os oceanos cobriam 85% do planeta.

  Conforme Almeida et al. (2010), no Devoniano houve o aparecimento dos anfíbios. O Devoniano, conforme Schultz (2010), era representado por peixes ósseos, por tubarões e por placodermos. Conforme Rafferty (2011), no Devoniano a fauna era composta também por bivalves, por braquiópodes, por corais, por crinoides, por trilobitas, por gastrópodes, por amonitas, por foraminíferos, por euriptéridos (escorpiões marinhos) e por conodontes.

    No Siluriano e no Devoniano o clima era quente e seco. Isto é evidenciado pelos grandes depósitos de recifes, datados do período, além da presença de evaporitos (BOSE, 2013).

   No Neodevoniano ocorreu a segunda maior extinção em massa da história da Terra e afetou a vida marinha principalmente. Possivelmente 70 a 80% da vida foram extinta. A principal evidencia aponta para uma glaciação (SCHULTZ, 2010). Porém, Rafferty (2011) aponta que neste período houve redução do oxigênio presente na água, o que pode ter afetado a vida.

 

Bibliografia:

ALMEIDA, J. A. C.; BARRETO, A. M. F. O Tempo Geológico e Evolução da Vida. In: CARVALHO, I. S. (Coord.). Paleontologia: Conceitos e Métodos. 3ª ed. v.1. Rio de Janeiro, 2010. Cap. 7, p. 93-109.

 

BOSE, R. Paleobiology of middle Paleozoic Marine Brachiopods: A case study of extinct organisms in Classical Paleontology. Springer, 2013.

 

MCGHEE, G. R. Harbingers of the Late Paleozoic Ice Age. In:__. Carboniferous Giants and Mass Extinctions. Nova York: Columbia University Press, 2018. Cap. 1, p. 1-40.

 

__. The legacy of the Late Paleozoic Ice Age. In:__. Carboniferous Giants and Mass Extinctions. Nova York: Columbia University Press, 2018. Cap. 7, p. 241-271.

 

RAFFERTY, J. P. The Devonian Period. In: __. The Paleozoic Era: Diversification of Plant and Animal Life. 1ª ed. Britannica Educational Publishing, 2011. Cap.5, p. 187-244.

 

__. The Silurian Period. In: __. The Paleozoic Era: Diversification of Plant and Animal Life. 1ª ed. Britannica Educational Publishing, 2011. Cap.4, p. 138-186.

 

SCHULTZ, C. L. Extinções. In: CARVALHO, I. S. (Coord.). Paleontologia: Conceitos e Métodos. 3ª ed. V.1. Rio de Janeiro, 2010. Cap. 10, p. 163-180.