O grupo de
amniotas que inclui os mamíferos e os répteis mamaliformes é denominado de
sinapsida. Este grupo mostra diferenças cranianas e osteológicas em relação a
outros amniotas. Uma diferença é a presença de uma frenestra temporal mais
baixa, o que dava maior força e espaço na mandíbula. Embora seja característica
dos mamíferos os pelos e as glândulas mamárias, estes atributos não estão
preservados nos fósseis (POUGH et
al., 2008).
Segundo Rafferty (2011), os primeiros
mamíferos que apareceram na Terra eram pequenos e surgiram no continente
Pangea, durante a era Mesozoica e conforme Pough et al. (2008), grande parte da
evolução dos mamíferos ocorreu no Mesozoico, no qual os mamíferos eram
morfologicamente parecidos, porém taxonomicamente diversos. Conforme aponta
Rafferty (2011), no período Triássico apareceram os répteis mamaliformes,
também denominados terapsídeos, porém este grupo foi extinto no final do
Triássico. Durante o Mesozoico existiram outros grupos de mamíferos, os quais
foram extintos no Triássico ou Jurássico (RAFFERTY, 2011). Os mamíferos mesozoicos eram divididos
conforme a localidade, um destes grupos era composto pelos Boreosfenídeos,
localizados na Laurásia o outro grupo era composto pelos Australosfenídeos,
localizado na Gondwana (POUGH et
al., 2008). Na extinção K/Pg, ocorrida no final do
Cretáceo os mamíferos foram pouco atingidos (SCHULTZ, 2010). Conforme
aponta Cifelli et al. (2004), após a extinção K/Pg houve uma irradiação biogeográfica
de mamíferos multituberculados e eutérios. Segundo Rose (2006), os
multituberculados eram mamíferos de pequeno porte e foram abundantes no
Mesozoico e no inicio do Cenozoico, no entanto, atualmente não existem
representantes. Já os eutérios, conforme Poole (1985) são os mamíferos com
placenta.
Os mamíferos modernos apareceram
apenas no Cenozoico, eram altamente diversificados e com vários estilos de
vida, além disto, os mamíferos já possuíam pelos e glândulas mamárias. No
Cenozoico ocorreram mudanças geográficas e climáticas. Esta mudança na
distribuição dos continentes e nos climas contribuiu para a evolução dos
mamíferos, isolando grupos em locais específicos e irradiando espécies que
posteriormente arcariam com a vicariância. A diversidade de mamíferos
cenozoicos pode ser melhor observada quando comparada junto à biogeografia e os
padrões de distribuições. (POUGH et
al., 2008).
No final do Cenozoico, no
período Plioceno, a América do Norte conectou-se com a do Sul, através do Panamá.
Isto possibilitou um intercambio de faunas por dispersão. Este evento é
conhecido como Grande Troca Interamericana. O intercâmbio foi intensificado
devido a glaciações posteriores, no Pleistoceno, as quais beneficiaram os
mamíferos (POUGH et al., 2008). Segundo Graham (1998),
migraram da América do Sul para a América do Norte as preguiças gigantes, os
gambás, os tamanduás e os roedores. No entanto,
uma glaciação no final do Pleistoceno foi a principal causa da extinção da
Megafauna, que era composta por mamíferos de grande porte (POUGH et al., 2008).
Os mamíferos cenozoicos são classificados em
aloterios (multituberculados extintos), prototérios (monotremados), metatérios
(marsupiais) e eutérios (placentários) (POUGH et
al., 2008). Conforme Poole (1985), os prototérios
atualmente são representados por uma única classe, os monotremados. Os
monotremados são os mamíferos que produzem ovos. Os metatérios são uma
subclasse dos mamíferos e são representadas por gambás, por cangurus, por coalas,
os quais são denominados de marsupiais. A terceira subclasse de mamíferos são
os eutérios, representada pelos placentários. A placenta permite nutrir o
embrião por mais tempo, com isso, o embrião nasce mais desenvolvido.
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